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Senhor Presidente

Senhoras e Senhores Vereadores

 

Caros Munícipes

 

Hoje quero falar sobre a Vila de Campo, das nossas propostas, da visão que temos de uma terra com enorme potencial. É um contributo, modesto por certo para a discussão no âmbito do futuro Plano Estratégico do Concelho.

 

O crescimento de Valongo está relacionado com a dinâmica económica do concelho, e esta, com a proximidade e importância de infra-estruturas ou de equipamentos metropolitanos existentes.

 

Campo, está agora, à beira de ser a freguesia com mais infra-estruturas de nível regional de todo o concelho, 2 auto-estradas, 2 estradas nacionais, e linha ferroviária de mercadorias e de passageiros.

 

No entanto, não tem ainda articulação clara e fácil da zona industrial, delimitada desde 1995, com essas infra-estruturas. A inexistência de coesão territorial de estratégia nas infra-estruturas e entre estas e o investimento, quer privado quer público, acarreta perdas duradouras para a sociedade, no caso específico da Vila de Campo, atrasa e compromete cada vez mais a requalificação social e económica dos seus habitantes.

 

Elevada a Vila em Junho de 2001, a Freguesia de Campo encerra em si um enorme desejo de se qualificar e desenvolver. Mais: temos para nós, que é no seu território que reside aquilo que, no curto prazo, podemos designar como a grande alavanca para o desenvolvimento económico do Concelho e para a criação de postos de trabalho. A sua Zona Industrial, a sua localização é sem dúvida nenhuma, hoje, mais do que nunca, um “cluster”que importa explorar e dinamizar.

 

Ali, se instalaram já, um conjunto de Empresas que devem ser acarinhadas, pois são elas que ainda animam este concelho que, todos reconhecemos, está num marasmo. E, é em Campo, que a indústria da extracção da ardósia está localizada.

 

Sendo que, grande parte desta actividade, é destinada à exportação, mais-valia que nos tempos de hoje, tem de ser por todos nós valorizada.

E é uma terra onde a sua jovem população mostra uma grande apetência pelo trabalho social, cultural, desportivo e recreativo.

 

A atestar tudo isto, aí está :um pujante movimento associativo com intervenção na música, no teatro, no folclore, no desporto e na solidariedade social, que deve merecer o apoio das várias entidades, Câmara Municipal incluída, pois consideramos que estas associações dão um forte contributo para a coesão social no território municipal.

 

È certo que se tem perdido tempo. Demasiado tempo e com consequências gravosas para a Vila e para o Concelho.

 

O PDM de Valongo disponibiliza várias áreas de expansão, que implicaram na freguesia de Campo, por estar na periferia do espaço urbano de Valongo, a ocupação de baixo custo e de baixo investimento. A ocupação industrial é extensiva, atrai poucos postos de trabalho e muitos custos de manutenção das infra-estruturas públicas, a habitação em geral é desqualificada, similarmente aos espaços púbicos e aos equipamentos públicos.

 

Diz-se por aí, que se pretende apostar na valorização das capacidades de regeneração do território e da paisagem, através da implementação de opções próprias de desenvolvimento estratégico com a perspectiva de qualificar as áreas periféricas. E também, orientar e agilizar a gestão da sua implementação, salvaguardando os equilíbrios e articulações necessárias com os recursos ambientais existentes.

 

Quer com os planos de urbanização e de pormenor, quer com o novo PDM numa proposta precisa de ocupação física do território, mas falta a identificação expressa das acções a desenvolver, seu faseamento, agentes envolvidos e fontes de financiamento.

 

Consideramos pois, crucial:

  1. Recuperar e redefinir o sistema viário existente, em simultâneo com a qualificação do ambiente urbano local,
    1. Terminar as vias de articulação da zona industrial com as auto-estradas
    2. Concretizar ligações prioritárias entre a zona habitacional e a industrial e com os acessos
    3. Criar ruas dignas, com passeios e arvores, funcionais, realistas e adequadas á dimensão dos locais, sem os actuais exageros dimensionais. As exigências dos Serviços camarários parecem-nos, por vezes, completamente desajustadas face à realidade da Vila.
  2. Redefinir a politica económica do município, utilizando as taxas e os impostos para atraira fixação de mais oportunidades de trabalho e de mais residentes
  3. Rever a politica económica para incentivar a fixação de indústria e de serviços
  4. Possibilitar a criação de habitação de qualidade sem onerar demasiado os particulares
  5. Criar espaços públicos (novas centralidades) que valorizem e potenciem a fruição dos equipamentos existentes, e originem uma identidade social e espacial qualificada, nomeadamente através da criação do centro cívico de campo, e de outros espaços de praça ou jardim, públicos, praça/alameda entre o centro cultural e a EN15
  6. Praça junto ao cemitério e igreja
  7. Pequenos parques e jardins aonde seja possível, sem perder, e até realçando, as características próprias de ocupação territorial da freguesia
  8. Dignificar e divulgar o património natural e ambiental existentes, não só na serra e no rio ferreira, mas ao longo de todo o território passível de exploração, incentivando as actividades agrícolas ou de apoio turístico
    1. Não resumir o investimento, louvável e lógico, á serra, mas a todo o vale do rio Ferreira
    2. Apoiar os privados que queiram dar uso aos terrenos em espaço não industrial

A Vila de Campo que tem como mais-valias: modernas acessibilidades, uma zona industrial de excelência e um forte movimento associativo é, estamos certos, o novo pólo de desenvolvimento do Concelho que importa potenciar.

 

Mas, tal deve ser feito, sem os erros cometidos no passado em outras freguesias do concelho, que hoje, inviabilizam qualquer propósito de melhorar a sua realidade.

 

Senhor Presidente

Senhoras e Senhores Vereadores

 

Os tempos estão difíceis para a vida do nosso Município. Por isso nem tudo pode ser feito como desejariam, certamente, os autarcas e as suas populações. Todos nós.

 

Há prioridades é certo, mas nem mesmo assim, deixamos de olhar para o futuro e sonhar acreditando que com vontade política e uma nova dinâmica é possível. Para que conste aqui ficam estas proposta.

 

Valongo, 30 de Março de 2011

 

Afonso Lobão

Vereador do PS

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